Que a tesoura corta
E, na tarde quente,
Junho está à porta.
II
Um halo de neve
Espuma ou algodão,
Envolve de leve
Ás reses no chão.
III
Na luz forte, em roda,
Zumbem as abelhas.
E há balidos soltos
E tristes, de ovelhas.
IV
E ao soltar aquelas
Livres, já, dos veios,
Parecem gazelas,
Em saltos singelos.
V
Rente, rente, rente,
A tesoura corta.
E, na tarde quente,
Junho está à porta!
***
Francisco Bugalho
ana/eu!
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