Sunday, January 18, 2009

Poema de Francisco Bulhão






Que a tesoura corta

E, na tarde quente,

Junho está à porta.


II


Um halo de neve

Espuma ou algodão,

Envolve de leve

Ás reses no chão.


III


Na luz forte, em roda,

Zumbem as abelhas.

E há balidos soltos

E tristes, de ovelhas.


IV


E ao soltar aquelas

Livres, já, dos veios,

Parecem gazelas,

Em saltos singelos.


V


Rente, rente, rente,

A tesoura corta.

E, na tarde quente,

Junho está à porta!


***

Francisco Bugalho




ana/eu!

No comments: